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Experiências de Musicalização à luz das pedagogias de Paulo Freire e Jacques Ranciére.



O relato de experiência, denominado Uma Experiência de Musicalização com adolescentes à luz das Pedagogias de Paulo Freire e Jacques Rancière, descreve momentos de aprendizado ocorridos em uma turma de adolescentes no centro de musicalização infantil da Universidade Federal de Minas Gerais. Este trabalho tem como objetivo promover uma reflexão sobre a prática pedagógica e servir de referencial para futuros professores de música ante os desafios enfrentados na educação musical.


A metodologia de trabalho utilizada no primeiro momento foi uma revisão bibliográfica dos livros Pedagogia do oprimido de Paulo Freire e do primeiro capítulo de O mestre ignorante de Jacques Ranciére. Depois foram aplicadas aulas de musicalização fundamentadas nos princípios pedagógicas dos referentes autores. E por último foram feitos registros e análise das atividades desenvolvidas em sala de aula, com o intuito de obter dados que pudessem evidenciar resultados significativos para o relato.


De acordo com a concepção pedagógica dos autores a educação tem como objetivo contribuir com o desenvolvimento do pensamento critico, conferindo ao aluno a autonomia para pensar, refletir e escrever sua estória, ou seja, a sua emancipação. Nesse processo espera-se que professor e aluno compartilhem juntos uma mesma experiência e que essa experiência seja significativa no sentido de proporcionar momentos de grandes descobertas.


No confronto com a realidade da educação musical pude perceber que a educação não se faz apenas pela narração dos conteúdos, e sim pela inserção e participação ativa do aluno no processo de aprendizagem. Um resultado interessante foi o trabalho de composição musical coletiva, que possibilitou um aprendizado musical inclusivo, no qual os alunos tiveram a oportunidade de atuarem de maneira ativa no processo de aprendizagem, escolhendo os instrumentos musicais e colaborando de acordo com suas experiências com processo criativo. Conclui-se, portanto, que a afetividade contribui de forma significativa com a prática pedagógica. A valorização e o estimulo de sentimentos de amizade propiciaram a construção de uma relação reciproca entre os envolvidos no processo e despertou a vontade de aprender nos alunos.

Referencias.

ARROYO, M. Um olhar antropológico sobre práticas de ensino e aprendizagem Musical. In: Revista da ABEM, Porto Alegre, v. 5, p. 13-20, set. 2000.


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FONTERRADA, M. De tramas e fios: um ensaio sobre música e educação. São Paulo: Ed. UNESP, 2003.


FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. Rio de janeiro: Paz e terra, 1987.

_______. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. Rio de janeiro: Paz e terra, 1995.


GAINZA, V. H. Estudos de psicopedagogia musical. São Paulo: Summus, 3º ed.140p. 1988.


MATEIRO, T.; ILARI, B. S. Pedagogias em educação musical. 2011.


PENNA, M. Poéticas musicais e práticas sociais: reflexões sobre a educação Musical diante da diversidade. In: Revista da ABEM, Porto Alegre, v. 13, p. 7-16, Set. 2005.


PENNA, M. L. Reavaliações e Buscas em Musicalização. São Paulo: Loyola, 1990.


RANCIÈRE, J. O mestre ignorante: Cinco lições sobre a emancipação intelectual. Belo Horizonte: Autêntica. 2007.


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